POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS
GUILLAUME DE MACH
( França )
TRADUÇÃO
por JOSÉ JERONYMO RIVERA
REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL. Ano 2,
Número 4, jul./dez., 2020. Brasília. DF: Editora Cajuína,
2020. 139 p. ISSN 2674-8495
BALADA
Maldigo aquele tempo encantador,
a hora, o dia, o mês, o ano, o lugar
e os olhos que mostraram-me o dulçor
daquela que pôs fim ao meu folgar.
Maldigo ainda meu peito e meu pensar,
minha lealdade e meu desejo e amor,
e o receio que faz languir em dor
meu pobre coração longe do lar.
E maldigo a atração, o azo, o favor
e aquele olhar que fez o amor brotar
no peito meu, e lhe conserva o ardor;
maldigo a hora que viu seu chegar
ao mundo, e a hipocrisia, o lisonjear,
o orgulho e essa dureza sem candor
nem piedade, que traz em tal langor
meu pobre coração longe do lar.
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Página publicada em agosto de 2023
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